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9.12.05

Rotina

As cinzas do cigarro
Vão caindo
Vai queimando a brasa adormecida
E por dentro queima o sangue
Ferve a seiva da nossa vida
E no sereno da manhã
O orvalho nos molha os olhos
Nos liberta de nosso afã
Nos leva longe dos escolhos
E no mar de todo dia
Seguimos o movimento atroz
E o homem balbucia
Por instantes perde a voz
E no Orco que é esse mundo
Uma esperança nos vem proteger
Fica conosco um segundo
A felicidade de morrer

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