não quero falar dos medos
dos segredos que guardei
nem quero falar da saudade
da verdade que contei
não quero mostrar a alma
a calma que não encontrei
nem quero abrir meu coração
e a razão eu não sei
quero ser, minha poesia,
a alegria que inventei
Prá bom entendedor meia palavra basta. Meias Palavras é um blog para quem gosta de poesia, crônica e outros gêneros literários. Não se surpreenda, no entanto, se encontrar algo diferente. Outras palavras, meias palavras, palavras...
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29.8.05
24.8.05
Rotina
Casa marido filhos trabalho
trabalho casa marido filhos
filhos trabalho casa marido
marido filhos trabalho casa
e assim por diante....adiante!!!
trabalho casa marido filhos
filhos trabalho casa marido
marido filhos trabalho casa
e assim por diante....adiante!!!
10.8.05
Naufrágio
Olhei em volta e nada vi
Além de um surdo silêncio
Calei a voz e não senti
Soprei as velas ao vento
Vaguei pelos mares, soçobrei
Sonhei com salões e valsas
Subi a escadas declives
Da vida que se encurvava
Vasculhei verdes florestas
Sonhando pusar na flores
Passando como o sol em frestas
Divdindo o céu em cores
Velejei numa jangada
Que jogou-me nos rochedos
Gorjeou toda gente uma vaia
E assim, como um caranguejo
Vim morrer na praia
Além de um surdo silêncio
Calei a voz e não senti
Soprei as velas ao vento
Vaguei pelos mares, soçobrei
Sonhei com salões e valsas
Subi a escadas declives
Da vida que se encurvava
Vasculhei verdes florestas
Sonhando pusar na flores
Passando como o sol em frestas
Divdindo o céu em cores
Velejei numa jangada
Que jogou-me nos rochedos
Gorjeou toda gente uma vaia
E assim, como um caranguejo
Vim morrer na praia
2.8.05
Restos
Resta-me apenas o resto
Casto ou incesto
Destro ou desonesto
Resta-me o que detesto
Tudo o que é destoante
Estas odes hilariantes
E os discursos redundantes
Resta-me o que restava antes
Uma poemática empoeirada
Uma pragmática ultrapassada
De uma política estagnada
Resta-me (quase) nada
Casto ou incesto
Destro ou desonesto
Resta-me o que detesto
Tudo o que é destoante
Estas odes hilariantes
E os discursos redundantes
Resta-me o que restava antes
Uma poemática empoeirada
Uma pragmática ultrapassada
De uma política estagnada
Resta-me (quase) nada
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